domingo, 14 de outubro de 2012

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 13 de Outubro de 2012 – O senhor Coelho, que os portugueses fizeram primeiro-ministro, quando votaram no PPD-PDS nas eleições de 2011, chegou com palavrinhas mansas, disse umas quantas verdades em relação ao seu antecessor e ao governo de então e propalou umas quantas promessas, que renegou logo que iniciou a governança.
     Em nome de uma sacrossanta “troika” constituída pelo FMI, CE e BCE – organizações a que Portugal pertence de pleno direito -, o senhor Coelho, que tem demonstrado incompetência, mesquinhez e espírito vingativo, no exercício do cargo, tem submetido os portugueses a duríssimos e insuportáveis sacrifícios, contentando-se com os elogios que lhe fazem os estrangeiros que nos querem ver esfolados. A mente brilhante que conduz Portugal para o abismo, acolitado por um economista obscuro, que faz de ministro das finanças, e por um “apparatchik”, son compagnon de route, no PPD-PSD, não vê, ou não quer ver, que o caminho que escolheu é o da desgraça de todo um povo e de uma Pátria a caminhar para os nove séculos de existência.
     O senhor Coelho, provavelmente ciente das malfeitorias que tem infligido ao povo, não ouve o arruído que por aí vai e não ousa entrar pelas portas por onde entram os que nada têm a temer. O senhor Coelho vai viver, doravante, no labirinto que a sua cegueira e a sua ambição construíram.
    O senhor Coelho pede elevação no debate político, ou seja, pede que a oposição use adjectivos amáveis e que aceite de bom grado todas as generosíssimas medidas do seu (des)governo. Faz muito bem a esquerda parlamentar em usar a linguagem dura que tem usado, porque um governo que rouba a esperança e a fazenda aos portugueses não merece melhor trato. Neste tempo doloroso não há lugar para eufemismos.

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