domingo, 7 de outubro de 2012

DO MEU DIÁRIO

Está na hora
Sesimbra, 7 de Outubro de 2012 - Os mais altos responsáveis da Nação, ou nessas funções investidos, parecem habitar noutro planeta para não dizer noutra galáxia. Cavaco Silva, nas comemorações do 5 de Outubro, que terá desejado longe do salutar convívio com o povo, dissertou como um filósofo sobre a educação e o futuro, como se no dia anterior não se tivesse passado nada na Assembleia da República. Das duas, uma: ou quis ignorar ostensivamente os acontecimentos do dia anterior ou prepara-se para uma qualquer intervenção.
     Eu gostava de acreditar no presidente do meu país; no entanto, o senhor vem, desde que é presidente, demonstrado que não quer ser o supremo magistrado da Nação. Favorece os da sua cor política e os seus amigos e não tem disponibilidade para ouvir mais de quinze por cento dos portugueses que se expressaram através do voto. Nomeadamente, no órgão que o ajuda a formar opinião, aquando das crises mais agudas deste pobre Estado. Usa um direito constitucional, mas poderia usá-lo com o fim de ter um leque mais alargado de opiniões, porque as opiniões de Capucho, Marques Mendes e Anacoreta Correia(?) já as deve conhecer de cor e salteadas.

      Coelho, um verbo-de-encher nas mãos de Gaspar, incapaz de dar o corpo às balas, fugiu como o Diabo da cruz das comemorações do 5 de Outubro, que por iniciativa do seu governo foi suspenso, a fim de evitar os apupos populares. Falou do estado da coligação governamental a partir das belas ilhas de Malta. Para dizer que tudo vai bem, quando tudo fede neste reino de Portugal.
     E assim vão decorrendo os dias, sabendo-se que as indecisões de Cavaco permitirão mais “assaltos à mão armada” ao trio Gaspar-Relvas-Coelho, que executam friamente um plano de empobrecimento de Portugal e dos portugueses. Exactamente por esta ordem: Gaspar-Relvas-Coelho.
    

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