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Santa Iria de Azóia, 21 de Outubro de 2000 - O OE está a suscitar, nomeadamente à direita, imensas críticas. É de crer, portanto, que não seja tão mau como o vêm pintando. Quando acérrimos defensores dos trabalhadores como Ferraz da Costa e Salvador Caetano fazem críticas tão contundentes ao OE, é certo que o Governo está no bom caminho.

     A descida da taxa do IRC e as alterações aos escalões do IRS não são medidas positivas. Em matéria de IRC, sempre se alegou que a fraude existia porque a taxa era muito elevada. Dão-se passos no caminho de uma efectiva redução e ninguém se dá por achado. O que se pretende é que o regabofe se mantenha, ou seja, que as nossas sociedades, nomeadamente as de carácter familiar mas nem só, continuem a revelar volumes de negócios risíveis e prejuízos.

     O país assiste atónito à guerra do IA. Pina Moura já admitiu que no concernente aos comerciais pode haver um recuo governamental. Quer-me parecer, no entanto, que a oposição de direita está é preocupada com os jipes. É bom que o país e as pessoas tenham jipes, mas por que carga de água não hão-de pagar IA como qualquer ligeiro? Então os jipes que vêm todos os dias da periferia para a capital (não refiro propositadamente Cascais), trazem as excelências de ambos os sexos para o amanho das terras?!