domingo, 21 de outubro de 2012

DO MEU DIÁRIO


Castelo Branco, 6 de Setembro de 2002 - Castelo Branco é um vício. Um saboroso vício, diga-se em abono da verdade. Mesmo sem aqui ter casa, sinto-me, em cada rua, num espaço amigo e familiar.
     Conheço quase todos os cantos. E às vezes embala-me a ilusão de que as mudanças não têm sido muitas; porém, quem tenha conhecido a cidade desde sempre - e tenha cinquenta anos - e se der ao trabalho de subir ao velho castelo, perceberá quanto a cidade cresceu nos últimos quarenta anos.
     Surgiram naturalmente novas centralidades. Seria difícil convergir para o seu belo centro a partir do Ribeiro das Perdizes ou dos Bons Ares, da Líria ou do Montalvão. Sente-se, todavia, que o feitiço que nos prende à cidade anda por ali entre os Paços do Concelho e a Alameda da Liberdade, o antigo espaço da Devesa e o cimo da General Humberto Delgado, a Sé Catedral, a Rua Mártir S, Sebastião e a Rua D. Dinis. Quiçá, na sempre bonita Avenida Nuno Álvares Pereira, onde aos domingos se ia, outrora, assistir à saída das missas nos padres redentoristas, para ver as donzelinhas que cumpriam fervorosamente os seus cristãos deveres.
     Definitivamente, creio que Castelo Branco é um vício.

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