segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DO MEU DIÁRIO


Mafra, 17 de Dezembro de 2002 – Mafra é uma aldeia simpática. Nada ali fere a sensibilidade do visitante. Um largo muito concorrido, dois ou três cafés simpáticos e a nossa jóia joanina a dominar as restantes construções.
     O Convento – o calhau, na linguagem garrida dos mafrenses -, celebrado num admirável romance de Saramago, tem a cara lavada. E digo a cara, porque há muitas dependências do interior do gigante que necessitariam de barrela geral. Segundo a vox populi, os subterrâneos serão habitados por milhões de ratos.
     Porém, como os ratos não se passeiam pelas ruas de Mafra, que aqui fique expressa a ideia de que Mafra é uma aldeia simpática e limpa e merecedora de um Presidente de Câmara mais português e menos PPD, ou seja, capaz de encaixar O Memorial do Convento e o seu autor. É que Presidente que manda fazer estradas e outras obras, mas não aceita o nome de Saramago para uma Escola da terra, não sei se merece ser Presidente.
     Mafra é - e deverá ser em todas as circunstâncias -, uma aldeia simpática e limpa.

Sem comentários:

Enviar um comentário