sábado, 15 de setembro de 2012


Santa Iria de Azóia, 15 de Setembro de 2012 - O senhor Paulo Portas, ministro de Estado e dos negócios estrangeiros, por “patriotismo” escusou-se a falar da tempestade que se abateu sobre a sociedade Portuguesa. Fá-lo-á, disse, depois de ouvir os do seu partido. Portas só fala do país, depois de concertar o discurso com os seus, que, conjunturalmente, representam cerca de 12% do eleitorado, que se dá ao trabalho de expressar o seu voto.
     Quando Paulo Portas falou de “patriotismo” para não falar da situação, publiquei aqui um texto em que dizia, grosso modo, que patriotas foram os meus avós, que sempre trabalharam do nascer ao pôr-do-sol, nunca tendo reclamado nada da pátria.
     Portas não falou por puro tacticismo. Quer ver como correm as modas. Senhor de um apurado instinto de sobrevivência, Portas está já a preparar o dia seguinte. E depois da entrevista de Coelho na pretérita quinta-feira, vê-se que agiu com justa medida. É, decerto, um bom leitor de Maquiavel.

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