domingo, 16 de setembro de 2012

DO MEU DIÁRIO

15 de Set. 2012, Lisboa
Santa Iria de Azóia, 16 de Setembro de 2012 – Ontem foi um dia diferente, especial, muito peculiar. Muitos jovens, e também menos jovens, abandonaram o seu “espaço de conforto” e desceram à rua para dizer basta. Foi bonito ver as ruas cheias de gente, de norte a sul do país, nomeadamente nas cidades mais populosas. Podia ter sido antes, muito antes, mas o mundo é o que é e agora o que é preciso é continuar luta, que, de resto, tem sido ininterrupta. Temos a obrigação de fazer um mundo melhor, para que Mário Sacramento não tenha que voltar cá de novo.
          Da jornada de ontem, há muitas ilações a tirar: governo e oposições, que estas são múltiplas, não poderão, doravante, agir como se nada de diferente se tivesse passado. Há que tirar ensinamentos; há que olhar para a realidade com olhos novos; há que correr o desconforto de ousar o novo, ou, no mínimo, de olhar para o novo sem quaisquer preconceitos. O mundo mudo em cada instante. E os processos de luta têm que se ajustar aos novos tempos.
     15 de Set. 2012, Lisboa
O novo, no entanto, não pode continuar a ser o velho bafiento. Ontem, comentadores encartados, os tudólogos como lhes chama o poeta Víctor Oliveira Mateus, já referiam o facto de o PS se encontrar à frente nas sondagens sobre intenções de voto. Os comentadores, que agem objectivamente sobre o real, moldando as vontades, no fundo, querem dar-nos mais do mesmo, ou seja, o que nos têm dado desde 76 do século passado. Com seguro, seguramente que teremos mais do mesmo. É preciso ousar o novo, como escreveu há décadas o Pe. Manuel Antunes.
     Uma poeta portuguesa escrevia esta manhã:desconfortemo-nos em nome dos que nos hão de ser rasto mais feliz”(Isabel. M. Ferreira). Desconfortemo-nos, pois!

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