terça-feira, 4 de setembro de 2012

Foto: NET

OFÉLIA
Ficou para tia
A nossa Ofélia,
Porque a obra
(ai, a obra!)
De Fernando
Assim o exigia.

Morreu velha
E respeitada,
Mas por homem,
Presume-se,
Nunca amada.
Vagas promessas,
Pequenos nadas.

De eléctrico iam
À Cruz Quebrada.
Iam e vinham,
Vinham e iam.
Iriam os dois
E de mãos dadas?

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