domingo, 9 de setembro de 2012

DO MEU DIÁRIO

três fraudes políticas (foto Festa Avante)
Charneca da Cotovia, 9 de Setembro de 2012 – Em bom rigor, o senhor Passos Coelho não enganou os portugueses. Pouco atentos, os portugueses deixaram-se enganar pelo senhor Passos Coelho. Ainda antes das eleições ele falou de ir ao pote e os portugueses, maioritariamente, deram-lhe confiança para que pudesse - ele e os economiceiros que o recomendaram – ir ao apetecível pote. Mais fino, mais espertote, mas nem por isso mais confiável, Portas fez apenas por ser indispensável para ambos poderem ir ao pote.
     Eu até acredito que Coelho não seja o que mais vai ao pote; porém, deixa que outros se lambuzem alarvemente, como se cada mês fosse o último das suas vidas. O diligente Catroga, negociador encarregue por Coelho para falar aos “troikos”, foi o primeiro recompensado com aquele cargozinho que lhe garante 50 mil euros por mês. Pentelhos, com certeza. Mas há por aí muitos catrogas, que, ganhando muito mais ainda, ainda aconselham as políticas para o grande desastre anunciado.
de que anedota se rirão os senhores?
(Foto festa do Avante)
     Sou português nascido na Rua do Bairro de Baixo, na freguesia da Mata do concelho de Castelo Branco e não sou amigo de Passos Coelho. De resto, não tenho amigos desta estirpe. E considero um abuso que o senhor tenha tratado todos os portugueses por amigos. Eu não sou, porque não quero ser, amigo de quem espolia os portugueses de rendimentos legítimos, de quem por vingança desrespeita o Tribunal Constitucional, de quem, manifestando uma enorme insensibilidade em relação aos mais dependentes e humildes, deixa incólumes os  detentores de grandes rendimentos, isto é, os verdadeiros autores do desastre, aqueles que sempre mamaram na teta da pátria.
     Temos que dar combate a estes “ayatollahhs”, que se diziam transparentes, mas que se têm revelado uma noite de breu. A candeia de Adriano há-de acender-se e há-de haver sempre alguém que resista. Portugal tem que ter futuro, mas sem esta gente que fez da mentira a sua arma eleitoral. Esta gente de quem poderá orgulhar-se a senhora Merkel e o senhor Schauble, mas que os portugueses espoliados só poderão vivamente repudiar.

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