sexta-feira, 28 de setembro de 2012


DESEJO

I

Oh, gostaria tanto,
Que um verso meu
Gravado fosse
No bronze
Ou no mármore
E perdurar
Pudesse
Pelos séculos fora,
Às portas das cidade!

O meu coração
Conheceria
Então
A vera alegria.

Um só verso
... Me bastaria!

II

Ensinei gramática
Como manda a lei;
Mas às vezes,
Tinha vontade
De tudo subverter.

Era a força da criação,
Irrefreável,
A tomar conta de mim.

E nesses momentos,
Com generosidade,
Ensinei a transgredir.

III

Como poderá a vida
Correr-me de feição,
Se cumpro,
Rigorosamente,
O meu destino
De desafio
E transgressão?

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