terça-feira, 18 de setembro de 2012

DO MEU DIÁRIO


Santa Iria de Azóia, 18 de Setembro de 2012 – Afinal de contas, nesta Europa bizantina em que vivemos, a democracia não é o regime virtuoso que nos apregoaram no passado, ou seja, o regime em que o governo da cidade é escolhido através de eleições livres e justas. É verdade que nos foram dizendo, ao longo dos tempos, que não há regimes perfeitos e que a democracia é o menos mau dos regimes políticos, o que também pode querer significar que a democracia também é susceptível de atropelos e batotas.
     Neste momento, Portugal vive uma situação política complexa. Os parceiros da coligação que tem governado Portugal, dividindo os seus trabalhadores entre públicos, os privilegiados, e privados - mas manifestando por todos um ódio sem precedentes -, muito dificilmente conseguirão governar este pobre país sem a infâmia das traições. Porém, ninguém quer restituir a voz ao povo e congeminam-se soluções, aparentemente democráticas, mas que fogem do voto popular a cem à hora. No fundo, adversos a rupturas, os actores políticos principais temem simplesmente que possa acontecer o fim do statu quo que nos conduziu à actual situação.
    Com medo de castigos futuros em actos eleitorais, há quem reclame mais do mesmo com outros actores e há mesmo os que advogam as chamadas soluções tecnocráticas. Cá para mim, perante situações deletérias como a actual, não há nada melhor do que baralhar e dar de novo.


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