quinta-feira, 15 de novembro de 2012

NÃO TE POSSO ASSEGURAR

Não te posso assegurar
Que tudo volte a ser bom.
Já deixei de ter certezas;
Já não posso ter certezas;
Apendi a não ter certezas.

Poderemos sempre ouvir
O rumorejar das ondas,
Num paredão, junto ao mar;
Tomar ‘ma calma cerveja
Noutro sítio qualquer;

Ou, ainda, contemplar,
Do alto de uma falésia
E antes de a noite chegar,
Das alvas ondas a espuma 
E lembrar dias felizes.

Talvez possamos ficar
Calados e de mãos dadas,
Até ao alvorecer,
Pra de novo contemplarmos
As alvas ondas e o mar.


Sem comentários:

Enviar um comentário