quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DO MEU DIÁRIO

Lisboa, 31 de Outubro de 2012 – Saída de Lisboa com uma hora de atraso. Nos tempos que correm é inadmissível. Vou para Paris, onde todo o tempo é  pouco, e sinto-me roubado. De resto, é uma sensação cada vez mais recorrente. Sim, sinto-me  roubado ou espoliado. Tanto faz. Sou cidadão de um país onde os trabalhadores, os doentes e os desempregados ajudam os patrões e os banqueiros.
     Em Paris, não faço visitas. Revisito locais e monumentos que já conheço de cor e salteado. Paris é a minha droga, ou melhor dizendo, uma das minhas drogas e não há nada a fazer. Talvez passe pelo Centro do Mundo árabe ou vá ao Père Lachaise. Jim Morrisson e o Muro dos federados. Talvez o João queira ir. Talvez.
     O que ninguém me vai tirar, havendo saúde, é uma passagem por Saint-Michel, uma passagem pelo Louvre e pelo Baubourg. Pelo Jardim du Luxembourg também. E Montparnasse, seguramente. É que há lá umas galerias Lafayette e é fatal como o destino. É a felicidade de viajar acompanhado.
     O OE está aprovado e o assalto será consumado. E o pior é que ninguém se vai queixar à polícia e aos tribunais. E valeria a pena ir? Portugal precisa é de uma vassourada e de ar freso.


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