sábado, 29 de junho de 2013

APONTAMENTOS

     Primeiro, foi o Diário; agora, são os apontamentos. Tudo em mim parece ser fragmentário: até os livros refletem esta natureza fragmentária. Não admira, assim, que um, de 2005, tenha o título FRAGMENTOS COM POESIA; e a outro, de 2009, tenha chamado FRAGMENTÁRIA MENTE.
     Gosto das escritas fragmentárias e gostos não se discutem, diz-se.

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     Eu gosto de discutir tudo. E talvez aqui, no gosto pela discussão, radique alguma da conflitualidade de que me acusam por vezes. Creio, contudo, que é preferível a discussão aos silêncios. Vou continuar assim. Não sei ser de outra maneira.
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Ainda falando de livros e editores: presumo que sei alguma coisa de uns e de outros. Mas se calhar é apenas presunção minha. De livros tenho falado e escrito muito. Os editores constituem uma casta mais complexa. Deles hei-de falar um dia.
     Os editores são uma parte muito interessante e importante no mundo dos livros. Deles depende, não raramente, a segunda vida dos livros. Ou até a terceira. É que os livros têm muitas vidas, quando não se dá a bizarria de terem apenas uma.
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     Ontem, foi o jantar anual da UCA (União, Cultura e Acção), com sede e acção meritória, em Santa Iria de Azóia. Correu bem. Foi uma noite de comezaina e convívio. Comida e convívio andaram sempre de mãos dadas.
     Creio que foi Frei Miguel Arrais o primeiro a misturar a comida e o convívio, como condição indispensável à amizade. De facto, a mesa é sempre o pretexto para juntar amigos e para dois dedos de conversa. Este frade beirão sabia do que falava.

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