segunda-feira, 4 de março de 2013

DO MEU DIÁRIO

  
Na pós-manifestação, apareceram como é costume os “tudólogos” (os tipos que sabem e comentam tudo e mais um par de botas) a tentar fazer leituras mais ou menos convenientes: umas mais toscas e outras mais sacanas e elaboradas.
     É evidente que um povo que tem sido esbulhado à conta de uma narrativa mentirosa não pode ser um povo feliz; é evidente que um país cujos governantes sonegam direitos aos cidadão para beneficiarem os banqueiros e outras “encomendas” da mesma estirpe, não tem razões para sorrir; é evidente que homens e mulheres que perderam os seus empregos não podem ter o ar de quem foi beber copos à discoteca. Apesar de tudo, ainda houve margem para algum humor e muita esperança, porque, diz-se, esta é a última a morrer.
     O que é inquestionável é a grandeza do protesto, de norte a sul de Portugal. O que é importante é que se conjuguem vontades para levar a cabo mais e mais acções de rua, até à queda de quem mentiu para chegar ao poder. A democracia não pode ser o reino dos mentirosos!

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