segunda-feira, 4 de março de 2013

DO MEU DIÁRIO

 Santa Iria de Azóia, 4 de Março de 2013 – Há cerca de vinte anos que escrevo este DIÁRIO, não raramente com muitos espaços em branco. É que a dúvida também assalta quem escreve, nomeadamente este tipo de textos, ou seja, a humilde prosa intimista, à qual recorrem os famosos.
     Mas acabo sempre por recomeçar, por uma razão ou outra, que, num dado momento, considero importante. Este nono impulso fico a devê-lo à grandiosa manifestação de 2 de Março, verdadeiramente grandiosa, na qual participaram portugueses de todas as camadas sociais, digamos assim, por mera conveniência discursiva. Duas horas do Marquês até ao Terreiro do Paço – não do Passos , ao qual já se vai chamando terreiro do povo.
     Grande manifestação de gente de todas as idades: pais, filhos, avós, empregados, desempregados e reformados; também jovens, jovens que estudam, jovens que acabaram os estudos, jovens a quem os “usurpadores da esperança aconselham a emigrar. Foram muitos muitos mil, como disse um dia o Ary, muitas centenas de milhar, digo eu. Empunharam-se cartazes para todos os gostos mas que tinham um traço comum: o asco a este governo de tiques fascistas, aos banqueiros de tiques fascistas, a outros trastes de tiques fascistas.
     E a dose vai repetir-se e mais cedo do que alguns esperam. Este mês de Março vai trazer muitas surpresas. E ninguém vai conter a indignação.
      

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