terça-feira, 21 de agosto de 2012

QUANDO, Ó SOL, TE LEVANTAS LENTAMENTE

Quando, ó sol, te levantas lentamente
Das cristalinas águas do Tejo,
A cidade pressinto tão contente,
Recebendo teus raios como um beijo!


Sem o oiro dos teus raios a cidade
Fica mole, cinzenta, entristecida.
Com Londres parecida, já de idade,
Perde a graça de moça divertida.


Eu tenho preferência p’los dias
De sol doirado e quente. Com calor
A vida é bela e plena de alegrias.


E se perto de mim, ó meu amor,
Te tivesse, decerto, amar-me ias!
Na cidade do sol, da luz, da cor... 

in FRAGMENTOS COM POESIA, Ulmeiro, Lx., 2005


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