sexta-feira, 24 de agosto de 2012

GUEVARA


I
Ernesto
Tinha uma moto
E gostava
De viajar.

Ernesto sabia
De firme saber
Que a geografia
Se aprende
Em cada lugar.

Um dia,
Deixou mulher e filhos
E partiu.

II
A melancolia
Era só exterior.

Ernesto
Tinha
Dentro de si
Um indomável
Corcel.

E um coração
Apaixonado
Como Carlos Gardel.

III
Cansado
Da pátria placidez
E de sonhos
A transbordar,
partiu
Para não mais voltar.

E o ignoto médico dentista
- Asmático por sinal –
Transformou-se no símbolo
Da revolução universal.


 in FRAGMENTÁRIA MENTE, Ed. Alecrim, 2009





Sem comentários:

Enviar um comentário