sexta-feira, 25 de outubro de 2013


MEMÓRIA
 
          (Em memória de minha avó paterna)

WIKIPÉDIA
 

Vejo-te sempre ali

Junto à lareira

No teu banquinho sentada

Os olhos muito abertos

Mas já sem brilho.

 

 Vejo-te sempre ali

Junto à lareira

De viuvez vestida

Ansiosamente olhando

Mas não vendo nada.

 

Vejo-te sempre ali

Junto à lareira

Velho tronco devastado

Pelo simples fluir

Inexorável dos dias.

 

 Vejo-te sempre ali

Junto à lareira

Vivo o lume

Os olhos muito abertos

Mas já sem brilho.

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