sábado, 1 de dezembro de 2012

DO MEU DIÁRIO


Santa Iria de Azóia, 26 de Outubro de 2002 – Jantei com o Manel Vaz, no Conde Redondo, e comemos bem. Comemos e bebemos bem, diga-se de passagem, porque, com o Manel à mesa, é impossível comer e beber mal. O vinho, Quinta do Portal (?), era uma pomada com imenso carácter e que casava bem com o excelente bife da vazia.
     Viemos a pé, sempre sob a ameaça de uma cacimba maçadora, até ao Ergon, na Avenida 5 de Outubro, onde deixáramos propositadamente o carro. Demos um salto ao Palácio das Galveias, onde mestre Gil Teixeira Lopes mostrava o trabalho de uma já longa carreira de pintor, escultor e gravador.
     Eu confesso, sem quaisquer problemas, que não sou um habitué destes eventos, onde há gente que se move como peixe na água. Estou em crer que há por ali muitos profissionais do sumo de laranja e do croquete, do uísque e do rissol, que pontificam cada vez mais nestes acontecimentos culturais.
         Dois dedos de conversa ao Grade, uns minutos com o Zé Ribeiro e ala que se faz tarde. Certamente mais enriquecido no plano cultural e apaziguado comigo mesmo. Morar em Santa Iria de Azóia, não pode ser um pretexto para deixar passar a vida ao lado. Vistas bem as coisas, nem só de trabalho, comer e beber vive um homem. Há que dedicar algum tempo ao ócio.

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