segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

NUNCA MALTRATES A NATUREZA



Nunca maltrates a Natureza, digo-me, diariamente,
porque me acolheu quando cheguei
e há-de ficar quando o meu coração de bater deixar.
Passam aviões barulhentos quase sobre a minha casa,
apressadas ambulâncias fazem ouvir suas sirenes,
roncam desenfreados automóveis e camionetas.
Se gritar quisesse aqui do alto do monte onde me encontro,
seria impossível ouvir o eco da minha voz,
vindo do monte em frente.
Ah, como seria bom ouvir o eco da minha voz
Aqui no alto do monte onde me encontro!
O pior, o pior de tudo, é as químicas, as bombas e os fogos
Que tudo conspurcam, destroem, matam.

E não me deixam mais beber água nas fontes e nos regatos.


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