terça-feira, 14 de janeiro de 2014

AO CONTRÁRIO DE REIS


     De mãos entrelaçadas, vamos, Marta, até à beira rio. E aproveitemos, quais hedonistas inveterados, a mansidão da tarde para nos amarmos, sôfregos, como velhos faunos, que as nossas vidas são breves e o tempo muito veloz.
     De mãos dadas, vamos, Marta, até à beira rio. E saibamos desfrutar todos os instantes, e, juntos, ouvir apenas o apressado bater dos nossos corações, indiferentes ao rio e a quem por nós passa.
    Amemo-nos, pois, uma e outra vez e outra ainda, para, quando o tal barqueiro vier separar-nos, de nada possamos lamentar-nos, nem de Amor sermos devedores.
     De mãos dadas, vamos, Marta, até à beira rio.

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