quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

DO MEU DIÁRIO


Santa Iria de Azóia, 3 de Janeiro de 2013 – Pergunta-me o FB, não sei bem com que intenções, “Como estás, Manuel?”. Eu respondi-lhe que estou quase teso, porque ganho pouco e o confisco é desmesurado. E estou de mau humor, porque ando a pagar as contas dos banqueiros. E podia pôr mais no rol, que a coisa não está para brincadeiras. Esperem pelos próximos meses e vão ver.
     Uma amiga, muito querida, dizia-me anteontem que temos que viver um dia de cada vez. Ou seja, no fundo, propôs-me que deixasse de fazer planos, porque a doença é terminal e pouco há para fazer. Pois é, é essa resignação que os mandantes querem, mas que eu nunca aceitarei. Pertenço àquela estirpe de homens que nunca pactuou com o silêncio e com a injustiça. E por isso mesmo, jamais aceitarei resignado este estado lamentável a que nos conduziram.
     Eu não geri os dinheiros dos fundos europeus nem deles me aproveitei; nunca pedi dinheiro ao banco para ir de férias; não tenho crédito à habitação desde os anos noventa e quando tive cumpri as minhas obrigações; paguei atempadamente os meus impostos, ao contrário de muitos que hoje são pela austeridade porque sim ; não recorri à justiça e nunca com ela litiguei com má-fé. Não serei o mais exemplar dos cidadãos, mas nunca mamei nas tetas da Pátria com a gula de agiotas e outros que tais .
     Tenho por Portugal e pelos portugueses muito respeito.

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