Delacroix
Portugal é
hoje um país de répteis. Não admira, assim, que a traição espreite a cada
esquina. Os portugueses sempre foram mesquinhos e interesseiros. E nada dói
tanto como a ausência de grandeza. Portugal começou a agonizar, com efeito,
ainda na primeira metade do séc. XVI. Caminha para a dissolução final,
inelutavelmente. E sobretudo, porque nunca mais soube encontrar alternativas
credíveis e atempadas.
Hoje, agarra-se e chupa a teta da mãe Europa
com quantas forças tem. O pior virá, quando a teta, sugada até ao tutano,
deixar de ser o almejado D. Sebastião.
Curiosamente, a religião nos fez grandes
e pequenos. Com o mito de cruzada dominámos metade do mundo. A Inquisição
castrou-nos para sempre.
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