Longe
do bruaá e do movimento da grande cidade,
passeio
nas ruas do meu bairro,
onde,
de todas vejo o Tejo
-essa
porta larga de tantos sonhos e desesperanças-,
ora
azul, ora prateado.
E
também passo pelo olival,
Onde
limpos, os donos levam seus cães a defecar.
Nessas
horas de convívio feliz comigo e com a Natureza,
Esquecido
do tempo ido
e
com o futuro pouco preocupado,
penso
quão livre tenho sido
e
quão fecunda podia ter sido a minha vida.
Só
eu sei quão grato para mim seria
Deixar
um verso para o futuro recitar;
mas
sei também que outros pardais mais ágeis
se
perfilam para esses ousados voos.
Cada
dia que passa mais me apraz a solidão
e
deixo o tempo passar, placidamente,
que
é assim, placidamente, que o tempo deve passar.
Até
um dia. Até um dia...
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