NUNCA MALTRATES A NATUREZA
Nunca
maltrates a Natureza, digo-me, diariamente,
porque
me acolheu quando cheguei
e
há-de ficar quando o meu coração de bater deixar.
Passam
aviões barulhentos quase sobre a minha casa,
apressadas
ambulâncias fazem ouvir suas sirenes,
roncam
desenfreados automóveis e camionetas.
Se
gritar quisesse aqui do alto do monte onde me encontro,
seria
impossível ouvir o eco da minha voz,
vindo
do monte em frente.
Ah,
como seria bom ouvir o eco da minha voz
Aqui
no alto do monte onde me encontro!
O
pior, o pior de tudo, é as químicas, as bombas e os fogos
Que
tudo conspurcam, destroem, matam.
E
não me deixam mais beber água nas fontes e nos regatos.
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