Imagens
da Nação em ‘Diários de Emília Bravo’, de Maria Judite de Carvalho
A escolha do
nome de Maria Judite de Carvalho, no âmbito de um colóquio sobre a escrita
feminina na imprensa periódica luso-afro-brasileira, surge quase naturalmente uma
vez que estamos perante uma das vozes literárias mais penetrantes e acutilantes
da literatura portuguesa da segunda metade do século XX. Mais, a sua obra e, em
especial, as crónicas, que durante anos publicou em vários jornais de Lisboa,
antes e depois do 25 de Abril – embora a nós, em particular, nos interessem
mais as crónicas que antecedem esse período -, afloram uma ideia de sociedade e
também de feminino que a autora procura combater de forma directa umas vezes e
outras de forma mais velada numa interessante tentativa de estimular as
leitoras pela inteligência e não pela crítica simples e dura.
Mas, por outro lado, impôs-se-nos, ainda, eleger
uma voz singular, que colocasse a possibilidade de uma análise abrangente em
termos culturais e, sobretudo, que nos permitisse reflectir sobre essa
identidade cultural e, em concreto, sobre a sua dimensão especular que
inevitavelmente nos devolve – apesar de fragmentada – a imagem do que somos
e/ou quem fomos e para onde vamos e/ou fomos enquanto país. Daí também a
escolha – não sem ironia – do termo nação,
no título, que nos coloca perante um Portugal específico e preciso: o Portugal
salazarista – último reduto da nossa imagem mítica, segundo Eduardo Lourenço,
que vemos esboroar-se através da voz inquietante da cronista que foi Maria
Judite de Carvalho.
Diários de
Emília Bravo trata-se de um conjunto de textos, publicados no Suplemento
«Mulher» do Diário de Lisboa, entre 1971 e 1974, assinados com o pseudónimo
Emília Bravo, composto essencialmente por crónicas que, aliás Maria Judite
vinha publicando desde 1968, neste mesmo jornal, sob o título «Rectângulos da
Vida».
Ao lermos Diários
de Emília Bravo - e pesem embora algumas das especificidades destes textos,
nomeadamente no que toca à relação entre o diário e a crónica - bem como outras
das crónicas reunidas em volume como O Homem no Arame ou A Janela
Fingida, torna-se clara a intenção de comunicar com o leitor e de o levar a
reflectir sobre a sociedade, como nota Ruth Navas.
A intenção de
comunicar com o público leitor, levando-o a analisar situações do quotidiano,
que a autora recolhe e comenta, fazem, ainda segundo Ruth Navas, parte de uma
nova concepção de jornalismo, que começa a emergir por volta dos anos 60 e que
está ligada a um conjunto de acontecimentos mundiais que envolvem conflitos
bélicos, como o da Guerra do Vietnam, o que muito contribuiu para a alteração
do estatuto do jornalista que já não se vê apenas como um redactor de notícias,
mas antes como alguém que pode imiscuir-se na realidade e ter nela um papel
actuante.
Posto isto, e
porque a maioria das crónicas de Maria Judite de Carvalho são escritas durante
o período do Estado Novo, cremos poder observar aí alguns traços da idiossincrasia
nacional, que, ao mesmo tempo, nos servem para perceber de que modo a imagem
que advém dessas crónicas nos devolve um reflexo do que projectamos como sendo
a representação de nós próprios enquanto colectivo. Por outro lado, nestas
crónicas, há já indícios de um contexto sócio-político que se vai desmoronando,
mas onde a liberdade de expressão não existe de facto, ficando patente o
aspecto de denúncia de uma situação opressiva, em geral, e da mulher, em
particular, por parte de uma voz autoral que não recusa assumir uma determinada
postura ética.
Assim, e porque,
também através da literatura, tem sido possível, ao longo de vários séculos,
construir uma imagem de Portugal e dos portugueses, quer em termos individuais,
quer em termos colectivos, quer ainda em termos que podem envolver as duas
vertentes, tomamos como ponto de partida «Psicanálise Mítica do Destino Português»,
de Eduardo Lourenço, um texto, que apesar da distância no tempo continua, para
nós, a ser um dos mais ilustrativos sobre esse desajustamento da imagem que,
enquanto portugueses, fazemos de nós mesmos.
Encontramos,
portanto, nesse texto, como se sabe, uma extensa reflexão psicanalítica sobre
uma certa incapacidade para percebermos, enquanto povo, qual o nosso destino,
bem como o de traçarmos um perfil objectivo da nossa acção cultural, à qual se
juntam as dimensões sociais e políticas, entre outras. Tal incapacidade levou
(leva?) frequentemente, alguns de nós, a projectar uma imagem irreal enquanto
país que, para o período temporal que nos interessa (século XX) é, porventura,
herdeira do conceito de Nação
estabelecido pelo Estado Novo:
«(…) Não vivíamos num país real, mas numa ‘Disneyland’
qualquer, sem escândalos, nem suicídios, nem verdadeiros problemas. O sistema
chegou a uma tal perfeição na matéria que não parecia possível contrapor uma
outra imagem de nós mesmos àquela que o regime tão impune mas tão habilmente
propunha sem que essa imagem-outra (não apenas ideológica, mas cultural)
aparecesse como uma sacrílega contestação da verdade portuguesa por ele
restituída à sua essência e esplendor.»[1]
Ora é
precisamente este conceito de Nação
que cremos ser posto em causa em Diários de Emília Bravo, numa tentativa
de dar da realidade portuguesa essa «imagem-outra», como refere Eduardo
Lourenço, e que também, segundo o mesmo autor, em texto distinto[2], revela, pela primeira vez
na literatura portuguesa, não só em Maria Judite de Carvalho, mas também em
autores como Agustina Bessa-Luís, Almeida Faria, ou até Ruben A. – só para citar
alguns nomes de um panorama maior e diverso – a capacidade que certos autores
tiveram de ajustar os seus textos ao tempo e ao que realmente se estava
vivendo.
Ao contrário do
que acontecera anteriormente, nota Eduardo Lourenço, para alguns autores
portugueses o afastamento em relação à Europa e ao mundo alterara-se bastante
devido, por exemplo, dizemos nós, ao aparecimento da televisão que naturalmente
encurtava a distância entre nós e os outros e que assim (não sem algum
paradoxo) nos voltava mais para dentro de nós próprios enquanto identidade
cultural a necessitar de reabilitação.
Neste contexto,
aqui abreviado por razões de espaço, são publicados os textos de Diários de
Emília Bravo que, como tivemos ocasião de sublinhar, contêm, entre outros
aspectos, o da denúncia de um tempo cultural e social opressivo e angustiante,
onde a mulher tenta conquistar um lugar fora de casa no mundo do trabalho e na
sociedade em geral, tendo que gerir duas vidas em simultâneo: a familiar e a
profissional. Refiro-me aqui, em concreto, ao «Diário De Uma Dona de Casa»,
onde parece haver uma identificação entre a narradora e as donas de casa,
mulheres como ela, que têm uma casa, que vai muito além do sentido literal,
ganhando uma conotação íntima que, aliás, encontramos em outros textos de Maria
Judite de Carvalho.
É necessário
entrar dentro de casa destas mulheres, que são como todas as outras,
ajudando-as a sentirem-se banais, e levando-as a reconhecerem-se nos textos do
jornal que lêem. Por outro lado, há, nestes textos, o uso de uma estratégia
retórica que aposta na simplicidade da narrativa, cultivando formas breves,
despidas de adjectivos, como nota Jacinto do Prado Coelho[3] e outros, apontando para
uma contenção que faz da sua palavra uma palavra penetrante, entrando pelos
interstícios de cada um dos seus leitores. Tomemos como exemplo do que acabamos
de dizer o seguinte excerto:
«Comigo é diferente. Do que eu digo guardam segredo.
Conhecem-me há muitos anos e… Ou: conhecem-me há pouco tempo mas…
Hoje no cabeleireiro. A senhora B, ali presente,
perguntou se a menina A tinha aparecido ultimamente. E travou-se uma conversa
sobre a referida A, em que muitas e variadas coisas (que só à própria A deviam
interessar) foram ditas e comentadas. Depois a senhora B saiu e elogiou-se a
senhora B contando-se também coisas muito simpáticas, mas que não tinham nada
que ser apregoadas porque se referiam à vida particular da B. culpa de quem? Da
A e da B (entre muitas outras, clientes, claro) que tinham contado ali a sua
vida. Porque, está-se mesmo a ver, pensavam:
«Comigo é diferente. Conhecem-me há muitos anos e… Ou:
conhecem-me há pouco tempo mas…»[4]
O cabeleireiro é
o referente que serve de isco e cuja função é conduzir a leitora ao território
da interioridade, fazendo-a reflectir, e, em simultâneo, colocando-a dentro de
si própria num processo de auto-análise que, em alguns passos, parece ser
também autobiográfico - como se pode ver no uso do pronome pessoal «comigo». Ou
seja, em última instância, quase poderíamos dizer que se trata de uma reflexão
individual, mas conjunta, ao mesmo tempo, na medida em que a narradora se serve
de uma estratégia retórica que lhe permite, através do seu ponto de vista,
tornar-se cúmplice da leitora, fazendo-lhe companhia e mostrando-lhe que o que
lhe acontece a ela também pode suceder a outras mulheres incluindo a narradora.
Acrescente-se
que é essa mesma estratégia retórica que encontramos frequentemente nas
observações que a cronista faz sobre a moda e que retratam um feminino, na
maioria das vezes, fútil, ausente da realidade e sem consciência do seu papel
social:
«Não sou contra a moda, longe disso. Mas estou cheia
de curiosidade. Quem é que entre nós vai usar, esta Primavera, os tais hot pants de que hoje se fala nos jornais?
As rapariguinhas, claro. Mas as mulheres mais velhas ou, perdão, menos novas?
Mas as senhoras eufemisticamente fortes e que gostam de seguir as leis dos
grandes costureiros? Porque, segundo diz Ursula Andress, os hot pants faz que a mini-saia pareça um sobretudo.»[5]
Ainda no que
respeita ao tema da moda, tal como em outros, encontramos de novo uma espécie
de intromissão (digamos assim) no quotidiano das figuras femininas, mas com uma
pequena nuance que se pauta por um olhar desabrido que frequentemente pretende assestar
no ponto que se critica de forma violenta mas, apesar de tudo, humana:
«Esta Primavera, vamos ver estranhas coisas no
capítulo moda. Não falando dos já tão falados shorts, muitas outras novidades se anunciam. Na praia teremos
xailes franjados a condizer com os fatos de banho, na cidade teremos aventais
de organdi, de cabedal, de tafetá, de cetim, com folhos ou com plissados. Claro
que isto dos aventais só é mesmo engraçado para quem não usa avental. E
Mariella Righini escreve no Nouvel Observateur: ‘As verdadeiras escravas, as que
arrastam as chinelas atrás de homens tirânicos, as que fornecem milhões de
horas de trabalho invisível e gratuito à sombra de caçarolas, talvez não lhes
apreciem o humor. Para elas um avental é um avental.’»[6]
A preocupação
pela problemática feminina é, portanto, uma constante da obra juditiana não só
nas crónicas, mas também nas novelas e nos contos. Note-se que muitas das suas
personagens femininas são, por assim dizer, pessoas sem saída em face de uma
realidade que as oprime; são seres aos bocados, ou bocados de seres dispersos
que não conseguem ajustar-se à realidade comum da vida - como sugere José da
Costa Esteves:
«(…) Maria Judite de Carvalho expos
dans ses contes, nouvelles et chroniques, des faits divers, des morceaux de
vies, des vies faites de morceaux (…). Des viés où tout échoue et où rien ne
va: l’amour, les espoirs, les projets. Des vies qui se fracassent contre des
murailles insurmontables, car chaque Homme ne vit que pour lui-même et par lui-même, dans ses grandeurs et ses misères,
dans le cocon qui l’enveloppe depuis sa
naissance jusqu’à sa mort. Les trajectoires sont toujours parallèles et les
rencontres fugaces ne font que mettre en évidence le choc des solitudes, dans
une agitation vaine où aucune pièce ne
trouve sa place dans le puzzle complexe de la vie. »[7]
Todavia, não é
só a solidão ou a tristeza femininas que impressionam a pena da cronista, mas
também as vidas das mulheres para quem aparentemente tudo corre bem. São mulheres
sem ocupação profissional, a quem nada falta, que vivem com os seus maridos nas
suas casas, onde recebem os seus amigos, mas onde, no fim de contas, o acto de
viver é de plástico, porque essa realidade familiar existe em função do homem.
Veja-se, por isso, como, no excerto seguinte, a voz da cronista se avoluma para
exprobar situações que mostra conhecer bem e que, uma vez mais, visam colocar a
mulher perante si própria e perante as suas responsabilidades:
«A emancipação das mulheres não interessa a todas, é o
interessa! Não interessa mesmo senão a um número bastante restrito. Eu, por
exemplo, conheço uma mulher, inteligente, culta, evoluidíssima, dentro de todos
os problemas passados, presentes e futuros, mas que nunca abriu a boca sobre
tal assunto. Sente-se perfeitamente como está, com um marido que ganha muito
bem, numa casa muitíssimo confortável onde recebe frequentemente os amigos, que
são todos eles gente excelentemente instalada na vida. Ora como é que uma
pessoa pode desalienar-se, emancipar-se, promover-se, sem trabalhar, vivendo à
custa de outrem? É que isso de promoção, feminismo, etc., implica entre outras
coisas ganhar não para os alfinetes (…) mas para o pão-nosso-de-cada-dia da
pessoa, do casal, da família, pão esse que cada vez está mais difícil de
ganhar. Ora isto implica necessidade de pensar duas vezes antes de tomar uma
atitude. Pois não é verdade? (…)»[8]
Por outro lado,
também se torna notório nas crónicas de Maria Judite o interesse pelos pequenos
nadas quotidianos, que contribuem para a edificação de uma imagem temporal e de
sujeito que em muito nos fazem lembrar os textos de Irene Lisboa, nos quais
encontra, aliás, Paula Morão semelhanças com os da autora de As Palavras Poupadas:
«Como Irene
Lisboa, Maria Judite de Carvalho é mestre na arte de tematizar e reificar o
tempo, tornando material e concreto o que parece subjectivo ou o que, de tão
evidente, passa despercebido e não ganha, em geral, a dignidade de ser objecto
de narração (…)»[9].
Atentemos noutro
excerto:
«Nós,
portugueses, somos exagerados. Nunca tivemos misses e, pelos vistos,
passávamos perfeitamente sem elas. Ou tivemos e deixámos de ter, o que é o
mesmo. Enfim, não nos faziam falta. Mas eis que de repente, senhores…
Fala-se ainda
não há uma ano de Ana Maria Lucas. Uns meses, portanto. Mas tem-se falado tanto
que nos parece que a conhecemos desde criança. Agora, chegado que está – quase
– o fim do seu reinado, outra miss surgirá. E durante os doze meses que se seguirem…
Somos, na
verdade, de um exagero…»
Mais uma vez,
podemos observar o olhar da narradora acompanhando o nosso, chamando-nos a
apreciar o quadro do real para, no último instante, ainda que continuando a
fazer parte de uma espécie de conjunto de observadores (composto pela narradora
e seus leitores), se afastar um pouco, reservando para si um espaço solitário
pontuado por murmúrios, como têm notado alguns dos seus críticos mais
relevantes.
O murmúrio é
pois solitário e o seu modo textual de eleição é, muitas vezes, o monólogo que
frequentemente se adensa na escrita juditiana, marcada por um discurso que se
situa fundamentalmente ao nível da enunciação como refere José Manuel da Costa
Esteves.
Debrucemo-nos
sobre o último excerto:
«(…) Trata-se
que chega a casa, o pai do Luís, e a mulher mostra-lhe o aviso para pagar a
contribuição e diz-lhe que não há dinheiro que mais chore. Trava-se então entre
ambos, o pai e a mãe do Luís, o diálogo que se segue. Pergunta ele: - Quando
saímos à noite, não gostas que as rua estejam bem claras?
- Está visto que sim.
- Logo, é
preciso pagar a iluminação pública. E, há dias, não ficaste muito zangada porque ias torcendo um pé numa
cova que havia na calçada?
- Está visto que sim, mas…
(…)
E continua por
aqui fora, ele, o pai a explicar, ela, a mãe a dizer: «Está visto que sim». No
fim, a senhora, já elucidada, diz:
- A questão é que esse dinheiro seja bem aplicado.
- Está visto que sim -, disse o marido por sua vez.
Uma certa
sensatez, eis tudo o que é concedido à boa senhora. Mas quem sabe, quem
explica, é só ele, o pai. O Luís vai aprendendo desde cedo que é assim. Em casa
e também na escola. Ele e todos os Luíses da quarta classe.
Para além da
denúncia do papel da mulher na sociedade, do pequeno facto do quotidiano ou das
crónicas que se constroem a partir de assuntos do próprio jornal ou revistas
(sobretudo estrangeiras), entre outros, que muito contribuem para a composição
de uma paisagem urbana e nacional marcada pelas vicissitudes do tempo e da
História, como tentámos mostrar, gostaríamos apenas de acrescentar que tendo Maria
Judite de Carvalho. começado a publicar no final dos anos 50 e, por
conseguinte, em paralelo com outros movimentos como, por exemplo, o do
neo-realismo, não deixa de ser curioso que a forma que encontra de mostrar o
real se faça nos termos de num compromisso ético e estético que, neste sentido,
não serve apenas para denunciar mas, sobretudo, para conduzir à reflexão e
interpretação de um perfil cultural que é o nosso, português, onde o traço
intimista da autora ocupa um lugar central.
Filipa Barata
CLEPUL –
Universidade de Lisboa
[1]
Eduardo Lourenço, O Labirinto da Saudade,
Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1982, p.31
[2]
Eduardo Lourenço, O Canto do Signo –
Existência e Literatura, Lisboa, Editorial Presença, 1994.
[3]
Jacinto do Prado Coelho, Ao Contrário de
Penélope, Venda Nova, Bertrand Editora, 1976, pp. 275-278.
[4]
Maria Judite de Carvalho, Diários de
Emília Bravo (organização de Ruth Navas) Lisboa, Editorial Caminho, 2002,
pp. 45-46.
[7] José Manuel da Costa Esteves, La littérature portugaise contemporaine : le
plaisir du portage, Paris, L'Harmattan,, 2008, p. 73.
[8]
Maria Judite de Carvalho, Diários de
Emília Bravo (organização de Ruth Navas) Lisboa, Editorial Caminho, 2002, p.
119.
[9]
Paula Morão, O Secreto e o Real,
Lisboa, Campo da Comunicação, 2011, p. 449.
Um bom trabalho analítico a partir da escrita de um real que muitos desconhecem e outros querem ignorar.
ResponderEliminarCerteiro, o seu comentário. E a autora, apesar de ter nascido em democracia, soube ler os tempos em que Maria Judite de Carvalho escreveu.
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