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Santa Iria de Azóia, 15 de Outubro de 2002 – Mário Castrim, o crítico mais profícuo de todos os que fizeram crítica televisiva em Portugal -, deixou-nos hoje definitivamente.
Aprendi a ler e a respeitar Mário Castrim nos idos de sessenta do século passado, quando a Pátria era governada pelos manholas do Estado Novo e os portugueses eram vigiados até na intimidade pelo aparelho repressivo do dito.
As crónicas de Mário Castrim, quase sempre truncadas pela censura, constituíam um hino à inteligência e à liberdade. Valiam sobretudo pelo desassombro das suas opiniões e pela graça do seu estilo – essa coisa que individualiza e que é a nossa única e verdadeira propriedade como diria um tal Karl Marx -, com que iludiu, frequentemente, os argutos coronéis do lápis azul. Castrim foi não raras vezes a brisa que passava e refrescava os nossos corações.
De Aveiro, em, Lisboa, só podia ser velado na igreja de Santa Joana Princesa.
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