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Charneca da Cotovia, 7 de Setembro de 2012 - Eu fui acometido de uma grande e súbita tristeza, que me tolhe os músculos e a imaginação. E provoca-me uma dor tão subtil, que esta prosa há-de sair necessariamente dorida e desconchavada. Mas como foi prometida, há-de sair custe o que custar.
Portugal tem inúmeros “focos de risco” que só nos podem garantir: iniquidade, desconforto, mal-estar. E esses “focos de risco” têm rosto e têm nome: Coelho, Relvas, Gaspar, Pereira e Portas, nomeadamente. Esta gente tem uma agenda ideológica de ajuste de contas com o 25 de Abril e as conquistas do mundo do trabalho. Esta gente quer um Portugal triste, resignado, acocorado!
Coelho hoje gaguejou várias vezes. Anunciou impostos, sim, impostos, que o mundo do trabalho, os pensionistas e os reformados hão-de pagar. Nem uma palavra sobre a tributação dos ricos e dos banqueiros!
Sabendo-se que a economia clandestina, mas dita eufemísticamente informal, vale cerca de 25% do PIB, é estranho que Coelho não tenha dito uma só palavra acerca da fraude e da evasão fiscais. Espantoso!
E como as medidas vão ao arrepio dos desejos expressos do inquilino do Palácio de Belém, este tem três caminhos: mandar fiscalizar preventivamente o OE para 2013, demitir-se ou demitir estes modelos de solidariedade nacional e de transparência.
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