Sesimbra, 3 de Setembro de 2012 – É verdade que os “troikanos” deveriam assumir as suas responsabilidades no falhanço das bondosas medidas impostas aos portugueses; porém, tão ou mais responsáveis são os actuais governantes, que terão tido, porventura, uma importância maior que o próprio PS, nas negociações de Abril de 2011. Eu creio lembrar-me de um grande negociador do PSD, de seu nome Eduardo Catroga, que escrevia cartas à “troika” a sugerir o que deveria ter feito. E creio lembrar-me também de que o programa da “troika” era o programa do PSD.
E não estou mesmo esquecido de que o actual detentor do cargo de 1º ministro se ter vangloriado de ter ido além da “troika”, implementando medidas que não estavam previstas no já célebre memorando. A culpa, é bom de ver, não deve ser assacada por inteiro ao impreparado Coelho. O presidente da República, sim o presidente da República, que tem por hábito vir dizer que avisou, é pena que agora se vá esquecendo dos avisos. Este homem é igualmente responsável, porque tudo fez para levar esta gente, a sua gente, para o leme deste barco à deriva.
Todos concertadinhos querem que a “troika” assuma o fracasso. O fracasso de Portugal é o fracasso de quem quis pôr os portugueses a pão e água, cortando nos ordenados e nos subsídios, aumentando os impostos, diminuindo as comparticipações nas despesas com a saúde e a comparticipação de medicamentos, etc. Responsáveis são os que contribuíram para a criação de um clima de insegurança sem precedentes e o promulgador de toda a legislação contra o mundo do trabalho.
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