DESEJO
I
Oh, gostaria tanto,
Que um verso meu
Gravado fosse
No bronze
Ou no mármore
E perdurar
Pudesse
Pelos séculos fora,
Às portas das cidade!
O meu coração
Conheceria
Então
A vera alegria.
Um só verso
... Me bastaria!
II
Ensinei gramática
Como manda a lei;
Mas às vezes,
Tinha vontade
De tudo subverter.
Era a força da criação,
Irrefreável,
A tomar conta de mim.
E nesses momentos,
Com generosidade,
Ensinei a transgredir.
III
Como poderá a vida
Correr-me de feição,
Se cumpro,
Rigorosamente,
O meu destino
De desafio
E transgressão?
Sem comentários:
Enviar um comentário