quinta-feira, 22 de março de 2018

SOUBESSES TU...


    
                                        
Se tu soubesses, amada,
Quanto dói a solidão…,
E inda o peso destas mãos,
Que não sabem fazer nada!

Contigo ausente, esta casa
- Outrora mansão alegre -
É neste preciso momento
O reino da confusão.

Rolam rolos de cotão,
Em minha alma tresloucada.
E dói-me o peso das mãos,
Que não sabem fazer nada.

Ai, soubesses tu, amada,
Quanto dói a solidão!

in FRAGMENTOS COM POESIA, Ulmeiro, Lx., 2005


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