Vão as horas,
vão os dias,
No seu
constante fluir;
Mesmo as
poucas alegrias
Me visitam a
fugir.
Sob a ponte
passa a água
A caminho do
vasto mar.
Só em mim,
teimosa, a mágoa
Não tem pressa
de passar.
Velozes correm
os anos;
Pra onde, não
sei ao certo;
Só ficam os
desenganos
E as marcas do
desconcerto.
Que consertar
não consigo
Esta vida sem
sentido.
O fado é
severo comigo;
Mas, não me
dou por vencido!
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