O combate à fraude e à evasão fiscal parece ser agora uma prioridade do governo. Já houve, no passado, múltiplas campanhas, que, de um modo geral, foram muito improdutivas e opacas.
Estes combates fazem-se com meios humanos e materiais. Meios humanos há; porém, parece que não há meios materiais. Se assim for, o combate será apenas um simulacro de combate.
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Eu também não gosto de Cavaco Silva. E penaliza-me que o senhor seja presidente de Portugal; porém, jamais me passaria pela cabeça chamar-lhe palhaço. É que o homem é antítese do palhaço: sem graça, zangado e excessivamente egocêntrico.
Gosto de pessoas que amam e praticam a generosidade, ou seja, pessoas que sabem relegar o seu “euzinho” para segundo plano. E que sejam divertidas e tenham dúvidas e se enganem. E o homem de Boliqueime não cabe neste quadro simplicíssimo.
Hoje não pude estar na manifestação da CGTP, que foi impedida de perturbar a sesta ao inquilino do Palácio de Belém. Esta gente do PPD-PSD tem um medo incrível de manifestações populares. E, no momento presente, até da democracia mais formal.
Os manifestantes que participaram na iniciativa da CGTP souberam estar à altura das circunstâncias. E foram muito criativos como sempre. E souberam solidarizar-se com o jornalista Miguel Sousa Tavares. E reclamar o fim deste governo-praga, onde o irresponsável político Gaspar, afilhado de Schauble, parece mandar sozinho no país.
A democracia só lhes interessa se estiverem na eminência de chegar ao poder. Uma vez empoleirados mandam as eleições às malvas, mesmo que o país esteja a caminhar para o precipício.
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