Lisboa, 28 de Agosto de 1997 - O que é a normalidade? O que é ser-se normal e /ou anormal? Eis uma das questões com que todos ou quase todos nos debatemos, no nosso normal dia-a-dia.
Ser normal é aceitar e cumprir uma gramaticazinha social, que faz de cada um de nós um indivíduo submisso, indiferenciado e medíocre.
Aquele que foge à tal gramaticazinha é, de um modo geral, apontado a dedo como anormal, maluco, marginal. Às vezes, aquele que ainda acredita no devir histórico chamam-lhe perigoso revolucionário.
Ser normal é aceitar passivamente a morte. Ser normal é deixar-se sepultar na vala comum. Ser normal, no caso de um funcionário público, é correr o risco de ser nomeado chefe, director de serviços, director-geral.
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